Texto de Guilherme Kilter.
Alexandre de Moraes criou um “grupo de estudo” no TSE focado no “enfrentamento a desinformação”. Saiba tudo sobre o perigo desse comitê na thread abaixo.
Nesse mês de janeiro, através de uma portaria, o TSE instituiu um “Comitê de Estudos sobre Integridade Digital e Transparência nas Plataformas de Internet no Processo Eleitoral”.
Será um grupo “multidisciplinar”, composto por dez pessoas no total, presidido por Alexandre de Moraes e com foco de “enfrentamento à desinformação”.
O que preocupa é o histórico e a parcialidade dos participantes desse grupo.
Segue os detalhes de cada um.
1. José Fernando Moraes Chuy
Ex-delegado federal, da área de combate ao terrorismo, Chuy tem histórico de atuação com Moraes e Fachin.
Ele foi exonerado da PF durante o governo Bolsonaro após criticar um projeto de lei sobre antiterrorismo de autoria do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Segundo O Globo, Chuy foi assessor de Alexandre de Moraes enquanto esse era Ministro da Justiça.
Ele também trabalhou no “Programa de Enfrentamento à Desinformação” do TSE durante a gestão de Edson Fachin em 2022.
2. Laura Schertel Mendes
Laura é professora com extenso currículo de graduações nacionais e internacionais. Atuou fortemente na elaboração da LGPD.
Ela tem um livro só sobre a regulação da internet.
E acontece que também é filha do ministro Gilmar Mendes.
3. Francisco Carvalho de Brito Cruz
Francisco é diretor executivo da InternetLab, uma ONG voltada para “pesquisa acadêmica sobretudo no campo da internet”.
Na prática, a InternetLab produz relatórios e pesquisas de viés progressista com os clássicos temas de “discurso de ódio”, “defesa da democracia”, “diversidade lgbt”…
A ONG, em seu site, declara apoio a instituições globalistas como a Open Society, de George Soros, e a Ford Foundation.
Francisco é seguido por Lula no X (antigo Twitter) e tem seu nome mencionado em artigos no site do PT.
4. Beatriz Kira
Kira é professora, também com farto currículo acadêmico.
Segundo ela mesma, sua agenda de pesquisa se concentra “na regulação de plataformas digitais e na supervisão do poder econômico de empresas de tecnologia”.
Também foi coordenadora de pesquisa do InternetLab, mesma ONG de Francisco.
Durante o governo Dilma, participou de programas de secretarias do Ministério da Justiça e da Casa Civil.
5. Bruno Ricardo Bioni
Bruno é fundador da Data Privacy Brasil, organização voltada para a proteção e regulação de dados na internet.
Em seu Instagram, ostenta foto em comemoração de aniversário com Orlando Silva, relator da PL das Fake News, e Francisco Carvalho, da InternetLab.
Na legenda: “amigos que a luta a favor da democracia me deram”
6. Clara Iglesias Keller
Clara é advogada e pesquisadora especializada em regulação das redes, já tendo trabalhado em conjunto com a Data Privacy Brasil, de Bruno.
Em seu perfil do X (antigo Twitter), afirmou que os apoiadores de Bolsonaro chegaram a ser piores que os de Trump em protestos durante a pandemia.
Ela também apresenta um viés progressista ao se posicionar em favor do aborto nessa rede.
7. Gabriel Campos Soares da Fonseca
Gabriel é universitário e assessor da presidência do STF.
Também fez parte da coordenação do livro “Eleições e Democracia na Era Digital”, que foi lançado no TSE em 2022.
8. Nina Fernandes dos Santos
Nina é diretora do Aláfia Lab, outra ONG progressista de pesquisa apoiada pela Open Society de George Soros.
Ela escreve principalmente sobre o combate às “fake news” e as políticas de ação contra isso.
Em suas redes, também demonstra claro apoio ao Lula e ao PT.
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Para fechar com chave de ouro: o tal “comitê” tem Alexandre de Moraes como presidente e Carmen Lúcia como vice.
Fica evidente que esses tais “especialistas” fazem parte de uma mesma bolha e são completamente parciais em sua ideologia.
O que não fica claro é qual será o trabalho desse povo todo, apenas que serão comandos por Alexandre.
Procurado pela Gazeta do Povo com esses questionamentos, o TSE não respondeu.
Vale lembrar que nas eleições de 2022 tivemos uma clara atuação de censura por parte do TSE.
Pelo jeito, eles planejam repetir a ação, mas agora de forma mais intensa e organizada.
Será que estamos diante de um “comitê da censura”!?
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Fonte: https://twitter.com/guikilter/status/1750142516295246175/