O ministro Alexandre de Moraes determinou no dia (02.05.2023), que as empresas Google, Meta (Facebook, WhatsApp e Instagram), Spotify e Brasil Paralelo removam todas as suas propagandas contrárias a PL das Fake News (conhecida como PL da Censura), e determina ainda, o depoimento dos presidentes de cada empresa.
Em sua decisão, as empresas devem obedecer a ordem de remoção de anúncios em até 1 hora, sob pena de multa de R$150mil/hora, e se explicar em até 48 horas sobre os anúncios publicados contra o projeto e o impulsionamento das postagens “em desacordo com suas próprias regras de autorregulação”; a indicação de textos relacionados a fontes “hiper partidárias na primeira página de busca”; e a indicação do site de uma mensagem com o alerta de que o projeto iria “aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil”.
“GOOGLE, META, SPOTIFY e BRASIL PARALELO procedam a REMOÇÃO INTEGRAL, em no máximo 1h00 (uma hora), de TODOS OS ANÚNCIOS, TEXTOS E INFORMAÇÕES veiculados, propagados e impulsionados a partir do blog oficial da GOOGLE com ataques ao PL 2630, inclusive aqueles que se referem como “PL DA CENSURA”, “COMO O PL 2630 PODE PIORAR A SUA INTERNET”, “O PL 2630 PODE IMPACTAR A INTERNET QUE VOCE CONHECE”, sob pena de multa de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) por hora de descumprimento por cada anúncio. As empresas, em 48 (quarenta e oito) horas deverão remeter relatório circunstanciado sobre os anúncios realizados e valores investidos, bem como os termos sugeridos pelo buscador Google relativos ao assunto”, disse Moraes em sua decisão.
Eis a íntegra da nota do Google à imprensa:
“As alegações de que estamos ampliando o alcance de páginas com conteúdos contrários ao Projeto de Lei 2630 na Busca, em detrimento de outras com conteúdos favoráveis, são falsas. Cada vez que uma pessoa faz uma busca, nossos sistemas trabalham para mostrar para ela os resultados mais relevantes entre milhares, às vezes milhões, de páginas de web. Não alteramos manualmente as listas de resultados para determinar a posição de uma página específica em nenhuma hipótese. Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente para todas as páginas, incluindo aquelas administradas pelo Google.
Acreditamos que a discussão sobre uma legislação que pode impactar a vida de milhões de brasileiros e empresas precisa ser feita envolvendo todos os setores da sociedade. Nas últimas semanas, temos nos manifestado em relação ao PL 2630 de forma pública e transparente por meio de nosso blog oficial. Além disso, temos investido em campanhas de marketing para dar visibilidade mais ampla às nossas preocupações, por meio de anúncios em veículos de comunicação tradicionais, como jornais, e em mídia digital, incluindo nossas plataformas de publicidade e redes sociais.
Temos explicado os riscos, que consideramos legítimos, às pessoas que usam nossas plataformas e também aos diferentes participantes do ecossistema digital. Isso inclui criadores de conteúdo no YouTube, anunciantes de todos os tamanhos e sites de notícias. Às vésperas da votação do PL 2630, que não foi discutido tão amplamente e sofreu alterações significativas nas últimas semanas, é importante que os brasileiros estejam informados sobre os possíveis impactos para tomarem uma decisão sobre como participar dessa discussão.”
Fontes:
1 - Link da decisão de Moraes: https://static.poder360.com.br/2023/05/INQ-4781-GOOGLE.pdf
(Link alternativo: https://drive.proton.me/urls/HES18R6ATM#VW2WQyFuZfjd)